Sim, quero escrever, vou escrever, escrever é esquecer, é demasiadamente se consolar, é optar pelo modo mais fácil de transmitir sentimentos. Escrever é bom, escrevo por vocês, não por mim, estou cansada demais e sem paciência para falar sobre mim, o que parece irônico, se contar que nos últimos dias estou trabalhando feito louca para fazer uma série autobiográfica. Acho que não preciso disso, não quero minha vida resumida em singelas páginas de um livro, que você lê agora e se esquece amanhã, não, autobiografia é para fracos. Também não gosto de pessoas que se auto definem , isso nos limita, nos empobrece de espírito, não quero isso! Não quero ser igual aqueles estáticos que não vão a luta, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros, isso não, nunca! O bom mesmo é atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, pois é.. Escrever pode ser considerado uma arte, uma arte praticada com excelência por poucos, eu tento escrever, não escrevo em português, escrevo eu mesmo, pois enquanto todas minhas perguntas não tiverem respostas continuarei a escrever, talvez sinônimo de escrever seja “liberdade”, mas liberdade ainda é pouco para mim, o que eu quero ainda não tem nome. Escrever talvez seja a melhor maneira de se expressar , de estar predominantemente só, de compartilhar o que apenas é seu, de imaginar e criar. E enquanto escrevo nessas entrelinhas descubro o pouco do meu muito de ser e estar.
Texto de Amanda Lemos
Texto de Amanda Lemos
Um comentário:
Me ensina escrever assim linda?
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