A corrupção é um fato
e negá-la seria blasfêmia ou ignorância.
Está enraizado na peculiaridade humana
aproveitar, por vezes, das situações para levar alguma vantagem sobre tal.
O
típico “jeitinho brasileiro” ou a malandragem tão conhecida.
A corrupção não se
restringe aos congressos, palanques ou eleições, mas também se encontra na
vivência do dia a dia.
Pessoas que cortam filas, emitem cheques sem fundos, não
declaram o imposto de renda, adulteram os produtos no supermercado e outros
mais diversos exemplos que comprovariam a inerente característica humana de
corromper-se.
Como
então julgar “caixa dois”, “mensalões”, desvio do erário público e compras
ilícitas, em meio a tanta hipocrisia?
Um povo corrompido elege um governante
corrupto, não há dúvidas.
O ponto culminante,
no entanto, quando se fala em corrupção é a ineficiência brasileira em julgar
ilegalidades e penalizá-las da devida forma.
Corrupção e impunidade, uma alimenta
a outra e vice-versa.
As pessoas acreditam que ficarão impunes e optam pela
corrupção, e ao mesmo tempo, o ato de corrupção em si fortalece a impunidade.
No caso do Brasil, em
específico, que ocupa a 75ª
posição no ranking das nações mais corruptas do planeta, há diversos projetos
de lei que ainda tramitam no legislativo, como o projeto que torna crime o
enriquecimento ilícito que, está para ser aprovado há mais de oito anos, sem
contar na demanda burocrática que o julgamento de desvio de verbas acarretaria.
Ou seja, embora se queira, acredito que demandará um bom tempo ainda para que corrupção de fato torne-se um crime hediondo aos "pés" da lei.
Como
diria o apresentador e escritor Jô Soares, "A corrupção não é uma invenção
brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa.”
Pesquisas feitas apontam que a corrupção leva ao desperdício de capital,
cerca de 5% do PIB nacional é dissipado, ou melhor, desviado para os “bolsos”
ou “cuecas” políticas.
A corrupção tem se revelado uma calamidade que consome o
resultado do trabalho de milhões de brasileiros, envergonha o país e mancha a
imagem do Brasil no exterior.
Com a ditadura militar, a corrupção foi escondida e os corruptos ligados ao regime agiam impunemente. Com a redemocratização, houve um alento com a cassação de um presidente por corrupção. Mas a punição foi um ponto fora da curva. A regra nos governos seguintes continuou sendo a impunidade, que nesse sentido, só veio reforçar o grau de ineficiência dos três poderes.
Como lembra o ditado latim, “Impunitas
peccandi illecebra” (a impunidade estimula a delinqüência) e como diria Denis Lerrer, filósofo da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, “enquanto não se colocarem os
corruptos graúdos na cadeia nada vai mudar”.
Ainda soma-se ao fato uma
população conivente que só veio “dar a cara a tapa” agora, exigindo o fim de
PEC 37 e demonstrando realmente que o povo não foge a luta e o quão essas
diversas manifestações populares podem emitir uma repercussão internacional
grandiosa.
Soma-se ao fato também a “morosidade” da justiça.
A
punição existe para impor limites, refrear instintos naturais e permitir que os
indivíduos possam se proteger uns dos outros.
Sem punição não há justiça.
Texto de Amanda Lemos
9 comentários:
Oi Amanda!
Obrigada pela visita...
Parabéns pelas ideias aqui expostas, só assim poderemos ter um Brasil melhor futuramente.
Bom fim de semana... Fátima.
Olá Amanda, obrigada pela visita e comentário.
Ja sou seguidora do seu blog a algum tempo.
Parabéns pelas postagens!
Bom dia,
Ivete
Olá Amanda!!!
vim retribuir a sua visita, e já fico por aqui te seguindo!!!ótimos textos!!!
Beijos Teca
Olá Amanda, tudo bem?
Adorei sua visita ao meu blog e agradeço o comentário, vim conhecer seu espaço e fiquei impressionada com o que ví, muita informação e coisas ótimas de ver. Espero sua visita mais vezes e sempre que puder voltarei para acompanhar seu blog.
Um grande beijo.
Oi Amiga ! Seu blog está muito bom estou seguindo. Bjs...
http://gospelcards.blogspot.com.br/
oi vim retribuir sua visitinha e adorei seu espaço muito interessante
e já estou te seguindo bjss
http://cantinhucarlacroche.blogspot.com.br/
Retribuindo a visita e adorando o blog, beijos♥♥
Amanda,
Parabens por esta matéria.
Eu sou a favor, e urgente, da punição a qualquer excesso.
Concordo quando diz que "Um povo corrompido elege um governante corrupto, não há dúvidas."
Para mim não adiantam as passeatas se o povo não for fiel ao proposito. Os vandalos deveriam receber punições tais como na China.
Beijos
Oi Amanda, concordo com o teu artigo, minha opinião é essa, a impunidade estimula a delinquência. Se tivéssemos um judiciário eficiente provavelmente a marginalidade seria menor, em todos os níveis. Como funciona atualmente acho que é o grande incentivador.
Joana
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